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TRADUÇÕES DA "ODISSEIA" NO BRASIL

  • Foto do escritor: Fernanda Camargo
    Fernanda Camargo
  • 17 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

A aventura por obras clássicas tem como ponto de partida a escolha da melhor tradução. Para a alegria do leitor brasileiro, o nosso mercado editorial oferece uma grande variedade de traduções do cânone literário estrangeiro. Por isso, o leitor pode decidir por aquela que lhe parece mais apropriada.



Edição da 'Odisseia' publicada pela Editora 34 e traduzida por Trajano Vieira.


Coleção "Homero", publicada pela Editora 34 e Sumário da Odisseia, disponível nesta edição.


Crescentemente, são anunciadas no Brasil versões traduzidas de clássicos, diretamente dos textos originais, sem passagem intermediadora por outras traduções. Este é o caso dos volumes da Odisseia, disponíveis nas livrarias, dos quais comentamos três:


1. Vencedora do Prêmio Jabuti de Tradução, a tradução de Trajano Vieira, impressa pela Editora 34, possui duas versões bilíngues (grego/português): uma publicação original e um volume de bolso. O livro original contempla o leitor com algumas notas do tradutor – tais como um texto prévio, um posfácio e uma explicação dos critérios de tradução. Traz ainda a ilustração de uma planta do palácio de Ítaca e de um mapa com a “geografia homérica”; um sumário dos cantos da epopeia; excertos críticos, nos quais está “As odisseias na Odisseia”, de Italo Calvino, pertencente ao seu célebre Por que ler os clássicos?; sugestões bibliográficas e um índice de nomes. A edição de bolso, por sua vez, oferece um bonito texto de Franz Kafka, de inspiração na literatura homérica, e – do mesmo modo que a versão estendida – fragmentos da crítica e referências sugeridas.



Volume de bolso da "Odisseia". Exemplar da Editora 34.

Trajano Vieira é professor de Língua e Literatura Grega na Unicamp e Doutor em Literatura Grega pela USP. Com uma sólida experiência tradutora, Trajano foi laureado com alguns prêmios por versões que publicou de tragédias gregas. Também participou, com Haroldo de Campos, da tradução da Ilíada, experiência que ele comenta em suas notas prévias, no volume da Odisseia.



Coleção Homero, da Companhia das Letras.

2. Outra tradução muito lida, atualmente, é o exemplar, em verso livre, do helenista português Frederico Lourenço. A versão publicada pela Companhia das Letras (Penguin – Companhia) tem uma forma mais próxima do prosaico, o que confere facilidade e fluidez à leitura. Essa é uma opção adequada àqueles que inauguram a sua jornada pelos clássicos ou pelos textos homéricos. O volume de Lourenço é acompanhado por uma introdução do classicista inglês e professor da Universidade de Harvard Bernard Knox, um prefácio do tradutor, as notas de tradução, algumas referências bibliográficas e mapas.


Há, no site da Companhia das Letras, o acesso gratuito ao sumário dessa edição e de um fragmento do Canto I.


3. Também considerada mais acessível, em termos de complexidade de linguagem, a publicação da Ubu Editora traz a versão do livre-docente de Língua e Literatura Grega Christian Werner para o texto homérico. A edição conta com a introdução escrita pelo tradutor, com uma apresentação do homerista estadunidense Richard Martin, com o texto “O silêncio das sereias”, de Franz Kafka; além de um posfácio do professor de filosofia Luiz Alfredo Garcia-Roza, apêndices e um glossário de nomes próprios. Essa tradução fora anteriormente publicada pela extinta Cosacnaify.



"Odisseia", publicação da Ubu Editora, traduzida por Christian Werner.


 
 
 

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